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Ainda com trabalhos em mãos, com pouco tempo, e sempre a ver histórias que me inspiram, resolvi parar um bocadinho para vos dizer o que inspira o meu olhar…
E é o vosso olhar, o das pessoas que encontro, que me deixam entrar na história, como voz off, mostrando o que de verdadeiro existe nelas.
Vi olhares de amizade, de perfeita cumplicidade,
De cuidado e respeito, de felicidade extrema por todos os dias acordar e deitar com quem amamos no pensamento.
Vi curiosidade em pessoas que se conhecem há anos, vi que ainda existia tanto para conhecer.
A vida, por si, não nos faz felizes, é esta satisfação, é esta alegria, esta vontade de te ver mais vezes, e gostar tanto de te ver sempre que te encontro.
Olhares de alívio e agradecimento por te ter encontrado.
Vi olhares de “desde a primária que espero por ti”, vi olhares de que a minha vida contigo tem outra luz… e não te vou largar.
Vi olhares de quem já sabia tudo isto.
Que o que nos une é esta admiração, este sou porque tu és, que Pablo Neruda escreveu como ninguém poderia ter escrito melhor.
De quem tem a certeza de que quem vai ficar conosco até sermos velinhos (as) é o (a) nosso (a) melhor amigo (a).
E foi com esses olhares que já chorei, também eu, de felicidade e emoção, porque sabemos que sim. Não há nada como ver o olhar feliz dos nossos, e sabê-los bem.
Porque as emoções estão lá, tocam-nos e inspiram-nos, passam para dentro da minha lente porque são reais, são vivas, e passam para dentro de mim.
Quase a terminar a época, que nunca termina, queria dizer-vos isto:
Continuem a olhar só para onde olha o vosso coração, e o resto acontece.
Quem ama, sabe do que falo.
Afinal, não há tanto assim que faça a vida valer a pena. É isto.
Obrigada por me fazerem acreditar.
Beijos,
Joana